TCC I - Aula 3
Tipos de Monografias – continuação (Ventura, 2002)
3. Estudo Comparativo
Mais precisamente uma confrontação de fenômenos que acontecem em lados opostos a uma linha de demarcação de duas tradições jurídicas.
Neste tipo o pesquisador atua como um intérprete e irá tornar inteligível ambos os universos jurídicos pesquisados.
Dica: Muito bom para o estudante que tem facilidades com línguas estrangeiras para os estudos nas fontes alienígenas.
Ponto alto: nas constantes comparações que se estabelecem entre os sistemas também reforça os conhecimentos do seu próprio universo jurídico.
4. Estudo Histórico
Conhecer a história é fundamental! O resgate histórico se faz necessário em quase todos os trabalhos, desde pequenos apontamentos para a contextualização do tema, até os grandes estudos históricos para mostrar os avanços e caminhos pelos quais passaram o assunto estudado.
Dica 1: se não estiver diretamente no texto do trabalho, pelo menos deve ser alvo de estudo, pois nada pior que concluir erroneamente um estudo por desconhecimento dos fatos históricos do tema estudado.
Dica 2: para se ter um trabalho realizado com o estudo histórico deve-se pensar, por exemplo, em “nascimento, vida e morte” ou “surgimento, desenvolvimento e contemporaneidade”. Diante disso, pode-se ponderar em uma divisão em três capítulos, para que cada um trate um dos itens acima, ou dependendo do caso, na introdução tratar o 1º, nos capítulos o 2º e na conclusão o 3º...
5. Pesquisa de Campo
O primeiro passo para quem for fazer a pesquisa de campo é submeter o projeto, o questionário e a autorização do órgão ou instituição a ser pesquisado para o Comitê de Ética da FADISMA.
A pesquisa de campo traz ao pesquisador uma formatação única do trabalho, uma novidade instigadora do desconhecido e uma possibilidade de confirmar ou não as teses estudadas.
Primeiro define-se o campo de pesquisa (local) e após faz-se o recorte de espaço e tempo (período).
A pesquisa de campo pode se dar sem questionários, neste exemplo o pesquisador fará estudos em arquivos, porém instrumentos de investigação padronizados devem ser produzidos para dar equilíbrio à análise.
A fase mais importante e de alta complexidade é o tabulamento dos dados encontrados, neste ponto é imprescindível a imparcialidade e atenção para não prejudicar os resultados. Gráficos e tabelas são de grande relevância, além de enriquecer o trabalho, mostram a capacidade interpretativa do pesquisador.
Dica: não esquecer que somente após a aprovação do questionário é que este pode ser aplicado, prever o tempo para este requisito e a conclusão do trabalho.
TCC I – Aula 2 – 04/08/2011
Círculo: expectativas e dificuldades em relação à monografia
Escolha do tema/orientador
Tipos de monografia (parte I)
A monografia é um complemento do que se aprendeu ao longo de um curso, pode ser concebida como uma aplicação concreta e pessoal dos conhecimentos adquiridos, contribuindo, mesmo que modestamente, para o avanço de certa área, ou um exercício pedagógico de uma parte da formação (Deisy Ventura).
“MOMENTO PESSOAL, PROFISSIONAL E AUTÔNOMO”
1. Compilação ou Estado da questão
Nada mais que uma obra ou trabalho que contém extratos de outras.
O importante a ser destacado é que cada “extrato” de outra obra deve ser perfeitamente citado e ainda deve ser interpretado exaustivamente pelo autor do trabalho.
Outra questão importante para este tipo de monografia é a exigência de uma forte delimitação, caso contrário pode ser um fracasso total devido a incompletude do tema. Assim, é de extrema importância a precisão do estudo para esclarecer ao futuro leitor do trabalho o objeto principal da pesquisa.
Para a delimitação devemos pensar assim:
Espaço temporal, espaço local e motivações (ou particularidades de interesse).
2. Análise de Texto
Situações elencadas no livro da Professora Deisy:
1. Quando um projeto de lei está em discussão (avaliar);
2. Quando uma nova lei é editada (interpretar);
3. Quando uma sentença é inovadora ou muito criticada (analisar);
4. Quando uma obra (ou parte) de um autor enseja investigação (discutir).
Para a análise de texto devemos elencar fontes primárias e secundárias:
Primária Lei è Secundária doutrina e jurisprudência;
Primária obra de um autor (doutrina) è Secundária outros autores que tecem comentários sobre o tema;
Primária sentença è Secundária legislação, doutrina ou dados estatísticos sobre seus efeitos.
Deve se ter em mente que não precisa-se trabalhar todo um texto ou uma obra, mas pode-se trabalhar somente uma parte que gere o interesse.
Questões fundamentais para uma abordagem contextualizada e crítica:
1. Quem? (autor)
2. Quando? (data/ momento histórico)
3. Onde? (contexto)
4. O que? (conteúdo preciso)
5. Por que? (realidade/intensão)
6. Como? (forma adotada)
7. Para quem? (destinatários)
Para exemplo, deve-se ter em mente os elementos-chave de uma fonte primária, ou seja, se já existe uma doutrina sobre o tema ela servirá apenas para elucidar a compreensão do objeto a ser estudado. Neste caso, a autonomia do estudante estará na liberdade de construir suas próprias observações e recorrer a outras fontes para sustentar as suas ideias.
O resumo é somente um guia de estudos, não sendo suficiente para atingir os objetivos e o conhecimento necessário da disciplina.
O resumo é somente um guia de estudos, não sendo suficiente para atingir os objetivos e o conhecimento necessário da disciplina.
